Descansando no interior de Minas Gerais, eis que pela manhã acordo ao som de um ruído familiar que percorria o asfalto. Abri a janela e bingo! Lá estava o menino Gui descendo a rua à toda, com seu oldschool de plástico preto e um sorrisão estampado no rosto, coisa de quem entende verdadeiramente o que é a experiência do skate. Como já dizia o sábio Tony Alva, o melhor skatista é aquele com o maior sorriso no rosto... Ah! Muleque! Não resisti. Peguei a câmera, fui até lá e registrei a lição do pequeno grande Gui.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Stop-motion by Langbrett
Mais dois vídeos muito bacanas dos criativos alemães da Langbrett! Dessa vez abusando do stop-motion!
Langbrett Skateboard Romp HD from Eric Van Wyke on Vimeo.
Langbrett Christmas Special HD from Eric Van Wyke on Vimeo.
Langbrett Skateboard Romp HD from Eric Van Wyke on Vimeo.
Langbrett Christmas Special HD from Eric Van Wyke on Vimeo.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Langbrett*: Ride on Wood
A madeira sempre esteve presente na história da humanidade, portanto, essa relação tão íntima e apaixonada não é de hoje. Por toda surf culture, não foi diferente, lá estava ela, seja bruta na vegetação nativa, seja despida nas alaias, seja polida na carroceria de um station wagon ou até mesmo sobre rodinhas, deslizando pelo quente asfalto californiano. E é justamente dessa paixão pelas tábuas que nos levam as mais incríveis experiências urbanas, que a marca de longboard alemã Langbrett, busca sua inspiração para esse filme.
* Langbrett, em alemão, significa longboard.
A Langbrett produz shapes manufaturados a partir das madeiras de áreas de manejo sustentável ao redor de Berlin. Em seu quiver, oferecem 5 famílias de longs, todos com trucks e rodas Seismic:
* Langbrett, em alemão, significa longboard.
A Langbrett produz shapes manufaturados a partir das madeiras de áreas de manejo sustentável ao redor de Berlin. Em seu quiver, oferecem 5 famílias de longs, todos com trucks e rodas Seismic:
Detalhe dos encaixes macho-fêmea e da coluna nos modelos de 60". |
Lambrett Downhill 95cm. |
Lambrett 95cm. |
Lambrett 120cm. |
Lambrett 150cm. |
Lambrett Mini Red. |
Mais informacões acessem o site oficial.
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Mäki Longboards: shapes para deixar de herança.
"Acreditamos que o design sutil, mas marcante, e habilidade manual impecável são componentes essenciais do skate clássico ideal"
Erik Mäki
Com essa proposta surge a Mäki Longboards. A Mäki é uma marca relativamente nova, sediada em El Segundo - California, mas já traz em sua breve história uma consolidada pesquisa em design e muita paixão pelo surf clássico, o que resultou em longboards com preciso equilíbrio entre estilo atemporal e beleza funcional.
Pautados nos velhos tempos, quando se faziam shapes para durar a vida toda, o habilidoso shaper Erik Mäki, segue desenvolvendo seus longboards (e alaias!) a partir de pranchas maciças de varios tipos de madeiras, exóticas e comerciais, aproveitando suas cores naturais e diferentes densidades na construção dos shapes por meio da técnica de laminação vertical (no Brasil, os longs catarineneses da Siebert também utilizam-se dessa técnica). O logotipo pirografado completa o visual vintage.
Modelos 23" Mini longboard
Uma volta às origens do surf de calçada e suas "banana boards"! |
Modelos 35" Surf Skateboard
Modelos 46" Classic Cruiser
Enfim, fiquei muito bem impressionado com os shapes da Mäki, mas principalmente com o espírito da marca, bastante comprometida com o surf style e seu estilo clássico.
Mais informações, acessem o site oficial.
Set de manobras clássicas - Joe Aaron
Esse é um video muito bacana, quero dizer, muito didático pois se trata de uma valiosa referência do set de manobras clássicas para quem está começando e mesmo para quem já anda de long no estilo do surf clássico. Nesse vídeo fica muito mais fácil para estudar os movimentos de manobras como o "Drop Knee", por exemplo, para depois transpô-los para o skate. Por favor, peço apenas que desconsiderem o lado comercial, já que se trata de um vídeo com o longboader californiano Joe Aaron, demonstrando o Noho Surf Balance Trainner, um equipamento que acoplado à prancha, possibilita o surfista treinar seus movimentos e manobras em terra. Bem, o mais importante que quero compartilhar com vocês nesse post, é a referência desse set de manobras realizadas de maneira tão clara e didática por esse jovem noserider, dono de muito estilo. É isso! No ollie. No kickflip. Just Noseride!
sábado, 24 de julho de 2010
Cru, orgânico & único: Dan Dengler Longboards
Toda essa crueza e honestidade em relação ao material, me fez lembrar muito as obras dos arquitetos do Brutalismo Paulista, dos anos 60. Foi assim que ficou conhecido o estilo que concatenou toda a produção dessa geração de arquitetos, que viviam em São Paulo nos anos 60 e que adotaram um discurso e fazer na arquitetura pautados por uma estética que privilegiava a beleza da verdade dos materiais (seja concreto, terra, vidro, aço ou madeira), onde era preservava-se as marcas deixadas pelas fôrmas de madeira no concreto aparente, após sua retirada, onde era abolida toda e qualquer forma de revestimento, acabamentos, adornos e adereços. A arquitetura erguia-se em sua pureza formal, funcional e material, construindo então um repertório frugal e estéticamente despojado, livre de excessos e cheia de essência. Assim são também os shapes feitos à mão por esse longboarder e surfista americano, formado em artes plásticas e horticultura.
Essa construção do shape a partir de uma peça sólida de madeira, nos remete aos primórdios do skateboard, bem como ao do próprio surf com suas alaias & olos (Havaí) e itakas (Japão).
Como um arborista e cirurgião de árvores armado de muita sensibilidade e um olhar acurado, Dan consegue através de cortes precisos & diferenciados e ângulos não-usuais, valorizar as particularidades de cada madeira e aproveitar suas formas naturais para as mais diversas necessidades de ride. Assim, conforme Dan, não há como descrever a doce pureza e vibe que você sentirá a partir de uma única peça sólida de madeira, pois explica que cada tipo de madeira utilizada em cada shape, possui sua própria atmosfera, ressonância e vibração quando experimentadas.
"Boards that are as enjoyable to view as they are to ride... well... almost!"
Dan Dengler
Conheca mais os shapes de Dan Dengler no site oficial.
Plus ça change, plus c'est la même chose!
Esse é um velho ditado francês que diz algo como "quanto mais se muda, mais se é o mesmo”. Será?!
A história do skate está intimamente ligada à historia do surf. Em certos momentos, muito mais do que se imagina, pois sua relação com o surf não se restringe apenas no que diz respeito ao seu surgimento, mas vai muito além de sua origem, sobrepondo-se e misturando-se a ponto de influenciarem-se mutuamente.
No final dos 50 e começo dos 60, com shapes que reproduziam o outline das pranchas de surf e com manobras inspiradas no que rolava na água, o skate já dividia com o surf, a popularidade entre a juventude da época. Porém, apesar desse primeiro boom, o skate ainda era tido muito mais como uma brincadeira da moda.
Com rodas de argila, os primeiros skates ofereciam um grande risco de acidentes, dada sua baixa aderência. Então em meados de 65/66, o skate perde seu brilho e interesse entre os jovens. Chega a ser proibido em alguns lugares e quase desaparece para ressurgir novamente no início dos 70, mais precisamente em 72, quando o surfista californiano Frank Nasworthy lança suas inovadoras rodas de poliuretano as quais separam a primeira geração do skaters, dos irmãos Steve e Dave e de equipes como a Makaha, com a segunda geração marcada pelo surgimento e supremacia da Zephyr e seus garotos.
As conhecidas Cadillac Wheels, proporcionaram um ride com mais controle e velocidade, permitindo curvas mais cavadas com mais segurança. Com fôlego novo, o skate ganha novamente as ruas, como uma continuidade da experiência do surf nas longas tardes californianas.
As conhecidas Cadillac Wheels, proporcionaram um ride com mais controle e velocidade, permitindo curvas mais cavadas com mais segurança. Com fôlego novo, o skate ganha novamente as ruas, como uma continuidade da experiência do surf nas longas tardes californianas.
É nessa época que os garotos de Dogtown sob a bandeira da Zephyr de Jeff Ho, Craig Stecyk e Skip Engblom, quebraram todos os paradigmas estabelecidos até então ao apresentarem uma nova forma de ride, muito mais solto e fluído, marcado por um baixo centro de gravidade, cujas curvas cavadas levavam o corpo rente ao chão, apoiado pelas mãos que também deslizavam percorrendo o asfalto. Daí para as piscinas foi um pulo. Aqui era fundada as bases do skate moderno e todo seu leque de modalidades tal qual as conhecemos hoje.
Embora esse novo estilo surgisse em meio aos escombros da decadente Dogtown, ele não vinha de Dogtown, mas sim do outside, da imagem inspiradora do surf enérgico e único do havaiano Larry Bertlemann. Neste mesmo período, as shortboards conquistavam seu espaço nas águas e caras como Larry Bertlemann selavam seu legado. Bert foi sem dúvida a grande referência para todos. Com seu ride radical, foi o grande responsável pelas transformacões técnicas e estilísticas que moldaram o surf e principalmente o skate contemporâneo.
Segundo Peralta, inspirados por Bertlemann, eles passavam o tempo todo mandando seus Bertlemann Turns (Berts), e depois outro e outro, até a exaustão, pois não queriam simplesmente copiar seu estilo, “tudo o que nós queríamos no skateboard era parecer, e sentir e ser Larry Bertlemann”. Com uma declaração dessas, Peralta dá o tom da revolução no skate da qual fez parte e aponta sem exitar para quem ascendeu o molotov.
Bem, para quem já assistiu o documentário “Dogtown and Z-Boys” do senhor Peralta, até aqui nenhuma novidade a não ser pelo fato de que a história não é tão linear quanto parece ser. O visionário e viceral Larry Bertlemann também era um ávido skateboarder que sabia muito bem o que queria fazer e assim transpôs para o surf, todo seu repertório de truques que mandava no asfalto, conforme sua breve biografia comentada por Jason Borte.
Quando poderíamos imaginar que as referências que determinaram seu inconfundível estilo dentro d’água vinham na realidade, de fora d’água! Como declarou o próprio Larry “anything is possible”!
Quando poderíamos imaginar que as referências que determinaram seu inconfundível estilo dentro d’água vinham na realidade, de fora d’água! Como declarou o próprio Larry “anything is possible”!
terça-feira, 6 de julho de 2010
Longboard + ladeira + (sol x mar) = Garotas de biquini
Equação dos sonhos , não?! hehehe
Acredite meu velho, essa equação existe! Soma aí...
Acredite meu velho, essa equação existe! Soma aí...
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Tico e seu Drop Knee
Encontrei esse vídeo meio que por acaso, resolvi assistir sem nenhuma pretensão e de repente fui surpreendido com o estilo clássico irado que o rider Gladstone "Tico" imprimia em suas descidas na famosa & censurada Ladeira do Alves, em São Paulo. Noseride, arcos, cross step, hang five e pô, drop knee! Muito bom! Realmente fiquei muito contente em encontrar esse vídeo e ver um rider clássico, fiel ao estilo! Valeu Tico! Mandou muito!
Bem, muito mais que uma simples curva, o drop knee é uma técnica clássica, dos 50 e 60, para se fazer uma curva em grande estilo nas pesadas pranchas da época. Desta forma, o drop knee é sem dúvida uma das maneiras mais classudas para mandar uma curva, seja ela cavada ou não!
Basicamente o drop knee consiste em posicionar o pé de trás na ponta, ou próximo do tail, apoiado com a parte da frente e deixando o calcanhar suspenso. Com o pé da frente de apoio, a curva acontece ao transferir seu peso para o pé de trás, aumentando a pressão na borda (heelside), descendo o joelho na direção do deck e simultaneamente com os braços abertos, girando o corpo de backside. Mas cuidado, pois você sentirá seu long muito solto na frente o que lhe tira bastante o controle e equilíbrio. Então seja pela torsão, arco ou inclinação, você achará um novo centro de gravidade para não ser jogado pra fora e beijar o asfalto quente!
Caras como Dewey Weber e Robert August fundaram estilos bem distintos de drop knee. Dewey empregava grande força na torsão do corpo em seus drop knees os quais saiam com muita energia, mas ganhavam suavidade no arco pronunciado que conseguia ao buscar seu equilíbrio, para depois retomar a direção. Por outro lado, Robert August, dez anos mais tarde, já nos 60, trouxe um estilo mais "leve" de drop knee com pouca inclinação e torsão. Robert trabalhava unicamente a pressão do pé de apoio deixando que a prancha fizesse o resto. Ao seu drop knee precedia quase sempre uma sequência de cross step que culminava num nose ride. Robert pode ser visto no clássico "Endless Summer", de 1966, mandando suas curvas.
Assim, consagrada pelos grandes nomes do surf clássico, essa técnica sobreviveu aos tempos e chega até nós, como uma herança estilística do repertório clássico do rider de ontém e de hoje.
Keep on longboarding!
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