segunda-feira, 5 de julho de 2010
Tico e seu Drop Knee
Encontrei esse vídeo meio que por acaso, resolvi assistir sem nenhuma pretensão e de repente fui surpreendido com o estilo clássico irado que o rider Gladstone "Tico" imprimia em suas descidas na famosa & censurada Ladeira do Alves, em São Paulo. Noseride, arcos, cross step, hang five e pô, drop knee! Muito bom! Realmente fiquei muito contente em encontrar esse vídeo e ver um rider clássico, fiel ao estilo! Valeu Tico! Mandou muito!
Bem, muito mais que uma simples curva, o drop knee é uma técnica clássica, dos 50 e 60, para se fazer uma curva em grande estilo nas pesadas pranchas da época. Desta forma, o drop knee é sem dúvida uma das maneiras mais classudas para mandar uma curva, seja ela cavada ou não!
Basicamente o drop knee consiste em posicionar o pé de trás na ponta, ou próximo do tail, apoiado com a parte da frente e deixando o calcanhar suspenso. Com o pé da frente de apoio, a curva acontece ao transferir seu peso para o pé de trás, aumentando a pressão na borda (heelside), descendo o joelho na direção do deck e simultaneamente com os braços abertos, girando o corpo de backside. Mas cuidado, pois você sentirá seu long muito solto na frente o que lhe tira bastante o controle e equilíbrio. Então seja pela torsão, arco ou inclinação, você achará um novo centro de gravidade para não ser jogado pra fora e beijar o asfalto quente!
Caras como Dewey Weber e Robert August fundaram estilos bem distintos de drop knee. Dewey empregava grande força na torsão do corpo em seus drop knees os quais saiam com muita energia, mas ganhavam suavidade no arco pronunciado que conseguia ao buscar seu equilíbrio, para depois retomar a direção. Por outro lado, Robert August, dez anos mais tarde, já nos 60, trouxe um estilo mais "leve" de drop knee com pouca inclinação e torsão. Robert trabalhava unicamente a pressão do pé de apoio deixando que a prancha fizesse o resto. Ao seu drop knee precedia quase sempre uma sequência de cross step que culminava num nose ride. Robert pode ser visto no clássico "Endless Summer", de 1966, mandando suas curvas.
Assim, consagrada pelos grandes nomes do surf clássico, essa técnica sobreviveu aos tempos e chega até nós, como uma herança estilística do repertório clássico do rider de ontém e de hoje.
Keep on longboarding!
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