quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Point Never e o valor do vazio


Capas da primeira e segunda edição da inglesa Point Never.

 "Go and find your blank, make what you want to make, surf how you want to surf (...)"

Hoje, permitir-se esvaziar-se de tudo que nos é mercadologicamente empurrado e socialmente imposto garganta abaixo, é algo vital, uma questão de sobrevivência contemporânea. Então quando  nos libertamos dos padrões estabelecidos, conquistamos um imenso espaço mental, um espaço de lucidez interior, que nos possibilita partir para novas experiências & referências e que nos dá o discernimento necessário, para sermos preenchidos novamente, mas agora de forma consciente e seletiva, por coisas que realmente nos tocam pela natureza essencial que possuem e nada mais.
"Point Never is an independent publication devoted to the diffusion of images and texts relating to surf and skateboarding culture; a portrayal of multiple truths, mythologies, abstractions, antipodes, commonalities and communities."

Point Never

Assim se anuncia essa revista inglesa, que já em sua segunda edição é dona de um projeto gráfico autoral, dada sua composição que, na contra mão dos maneirismos gráficos atuais, adota e explora com maestria o espaço em branco como elemento projetual, permitindo o surgimento de grandes áreas de respiro pelas páginas, que valorizam as fotografias, ilustrações (por sinal, não digitais! Wow!) e o pouco texto, o que a aproxima de uma estética nipônica onde impera tão somente & simplesmente, o essencial.


E é nesse raríssimo exercício de discernimento visual e de conteúdo, mora a maior característica da Point Never, que além de sua versão digital, pode ser lida em versão impressa, em tiragem limitada de 200 exemplares rodados em papel offset, P/B, no formato de 15x21cm. Desde 28 de julho a Point Never tem doado 1/6 da venda de cada exemplar para o National Geographic Society Oceans Project.

A versão impressa pode ser encomendada pelo email post@point-never.com .

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