quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Push culture & traffic surfing

Lançado no final de 2009, "Shred - NYC Push-culture: A look at New York's longboard scene", de James Bailey, apresenta o traffic surfing praticado em NY, bem como um de seus mais conhecidos personagens, o longrider Solomon Walter Lang, (aka King Solomon, da Bustin Boards) que expõe numa entrevista, seus pontos de vistas a respeito da cena longboard e da "push-culture" novaiorquina, bem como suas experiências no crew Concrete Kings (o qual ele prefere se referir como um club de longboard). Essa publicação traz um ensaio fotográfico do próprio Bailey, que capturou cenas de um role de domingo pela Big Apple. São registros de um ride intenso & sem firulas, reflexo direto do espírito da cidade.

King Solomon. Foto Annah Rowe; Bustin Boards.
Concrete Kings após um mini bomb. Foto Annah Rowe; Bustin Boards.

A "push culture", que numa tradução livre pode ser entendida como a "cultura da remada" (ato de dar impulsão com um dos pés), surge da combinação da necessidade de deslocamento em trajetos flat & diversão. A idéia é muito mais cruzar a cidade e curtir a intensidade do ride, que por vezes, torna-se bastante perigoso para os menos experientes, dado o grande fluxo de carros, transeuntes e imprevistos. De qualquer forma, o fato é que esses novaiorquinos não se intimidaramm com o trânsito intenso de suas ruas movimentadas, tão pouco se desanimaram com a geografia plana de sua cidade, e nesse ponto, foram muito além e romperam com o paradigma de que longboard é sinônimo de downhill. Na minha modesta opinião, isso é um grande passo dado, pois transformaram tudo isso numa verdadeira (sub)cultura no longboard, reacendendo o velho cruising e se apropriando da cidade de uma forma positiva, prazerosa & sustentável.

Pushing! Foto Annah Rowe; Bustin Boards.

"I can take a trip from here to 3 blocks away 4 or 5 times a day and every trip wil be different. (...) Longboarding here isn't just for fun, it's one of the fastest way to get around." 
King Solomon

Por aqui, deixei para trás o tempo em que me limitava aos roles de fim de semana nos picos de pouco trânsito, para encarar a cidade de frente, cruzando-a diariamente, porem sem pressa e curtindo o flow ao ir e voltar do trabalho. Apesar dos percursos de ida e volta serem os mesmos, faço coro com o Solomon, pois a experiência de ride nunca é igual. Tudo é tão mutável e fugaz quanto o mar, onde o ride em cada onda é único e não se repete jamais.

Abaixo segue a publicação "Shered: NYC push-culture". Vale uma folheada digital!



Por falar em push-culture, acaba de sair do forno a versão final do filme "2010 Concrete Wave Evolutions DVD - Bustin Boards: Push Culture Longboarding NYC". Irado!



Video via Bustin Boards.

2 comentários:

  1. Legal, mas tem muito mais para contar sobre os roles em N.Y, vivo isso todos os dias do lado do King, Bustin Riders e Concrete Kings, muito alem do que palavras diriam.. simplesmente surreal.

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  2. Pô, faço idéia Victor! A coisa por aí deve ser alucinante. Mas o que me chama a atenção é a forma como a cidade contamina o ride, tornando-o único! Vamos trocar umas figurinhas ermão! Me passa seu email por aqui 60polegadas@gmail.com
    Valeu pelo contato!

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